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segunda-feira, dezembro 07, 2009

O cigarro mata






                                  Minha foto   TAVARES -FALATUDO
            


 O cigarro mata , com certeza nós fumante sabemos . A lei nº 5.517, nos trata como lixo , escoria , etc. . Com o objetivo de dar mais saúde ao cidadão carioca ,o Prefeito TUCANO  Eduardo Paes, e o" IMPERADOR CÉSAR" Cabral do PMDB, estão a frente desta batalha para nos dar mais vida saudável  ( até que uma bala perdida nos atinja) , demagogia de politico. Seria honesto  disser em publico que essa lei será o palanque do candidato a presidência , José Serra no  Estado do Rio de Janeiro, mas isso é uma outra historia continuamos a falar do cidadão fumante. Pagamos todos os impostos como qualquer cidadão contribuite, temos o direito de ir e vir, se querem proibir o fumo no estado , então que proíbam a VENDA DE CIGARROS  no estado, eu e muitos fumantes aprovaria esta medida.  O que não se pode criar são leis que prejudique o direito democrático do cidadão, pois quando o estado cria medidas em que limita os direitos constituídos do cidadão corremos o risco de ter o ESTADO TOTALITÁRIO,   E devemos prestar atenção ,seja ele fumante ou não nesses politicos demagogos que criam leis para reprimir e não para EDUCAR O CIDADÃO.








                                                         SE LIGA BRASIL

Maçonaria Brasileira no Senado Federal.(walter ged chagas valverde)


São Paulo, 17 de agosto de 2009.

Ofício GM – 041/2009

Ao Exmo Senador Mozarildo Cavalcanti.

Senado Federal – Anexo II – Ala Senador Ruy Carneiro – Gabinete 3.
CEP: 70.165-900
Brasília - DF

Assunto: Sessão Homenagem à Maçonaria Brasileira.

“Prezado Irmão Senador Mozarildo Cavalcanti”:

Agradecemos o honroso convite para participação na Sessão do próximo dia 20, “em homenagem à Maçonaria Brasileira”.

Decidimos NÃO comparecer, não obstante o convite tenha partido de um querido e valoroso irmão, que merece, de nossa parte todo respeito e admiração, registrando que nos últimos 6 anos, sempre, estivemos presentes, sempre.

Parece-nos que, a “melhor” homenagem que o Senado poderia, neste momento, prestar à “Maçonaria”, seria POR UM FIM URGENTE a todos os “Escândalos” que chegam ao conhecimento do sofrido povo brasileiro.

Não acreditamos nos “denunciantes” e muito menos nos “denunciados”.

O “denunciante” de hoje, é o “denunciado” de amanhã!!!

O povo brasileiro sofre.

O eleitor brasileiro tem que ser conscientizado de que ele “é o culpado” de ter “dado” mandato a quem não honrou o seu voto.

A única “arma” de que dispomos, é o nosso voto, e, como MAÇOM, passo a defender que o povo eleitor, tem que exercer o direito do voto, de forma absolutamente consciente, lembrando, sempre, daqueles que frustaram os seus sonhos legítimos e lhes impingiram AGRURAS E SOBRIMENTOS, FOME, MISÉRIA, FALTA DE CULTURA, FALTA DE EDUCAÇÃO, FALTA DE SEGURANÇA, FALTA DE SAÚDE, e FALTA DE VERGONHA! principalmente, para NUNCA MAIS votar nessa pessoa.

Agradeço, respeitosamente o Convite, MAS, NÃO PARTICIPAREI: NÃO COMPARECEREI.

T.F.A.

Atenciosamente,

José Maria Dias Neto

Grão Mestre do Grande Oriente Paulista
 




quarta-feira, novembro 18, 2009

Quem manda é Lula e não Gilmar. Lula é quem vai decidir sobre Battisti

Paulo Henrique AmorimPaulo Henrique Amorim


Quem manda é Lula e não Gilmar. Lula é quem vai decidir sobre Battisti

18/novembro/2009 20:51
Ele ERA a Lei
Ele ERA a Lei
Nem com a ajuda do jornal nacional, que construiu uma reportagem para dar a impressão de que o Supremo Presidente do Supremo manda em Lula, na verdade, a maioria do Supremo decidiu que quem decide sobre Cesare Battisti é Lula.
Ou seja, fez-se a Lei.
Como disse o Ministro Ayres Brito, nessa matéria o processo começa no Presidente da República e termina no Presidente da Republica.
O Judiciário é apenas um rito de passagem.
Gilmar Dantas (**) jogou todas as fichas nessa decisão.
Com o apoio do PiG (***), Ele apostou na desmoralização internacional do Presidente da República.
E perdeu.
Não é o que queria o Supremo Presidente do Supremo que pretende reunir em Sua Magna Pessoa todos os poderes da República.
O Supremo deu uma lição em Gilmar Dantas e ao jornal nacional.
E à sociedade brasileira.
Gilmar não é o Supremo.
O Supremo não é de Gilmar.
Em tempo: quem deu show de habilidade política foi o Presidente Lula. Na Itália, disse que “a decisão está nas mãos do Supremo”. Agora, o Supremo devolve a bola a ele…
Paulo Henrique Amorim

Eleição apressa “Obras do Amigo Serra” e Robanel desaba

Paulo Henrique AmorimPaulo Henrique Amorim



Eleição apressa “Obras do Amigo Serra” e Robanel desaba




“Obras do Amigo Serra”, o novo ACM
“Obras do Amigo Serra”, o novo ACM
Faz parte da tradição tucana de São Paulo – de seu “trabalhando por você” – apressar obras e provocar catástrofes.
Foi o que provavelmente houve na abertura da cratera da Linha Quatro do metrô.
Um dos autores da obra foi a empreiteira OAS, de Cesar Mata Pires, que, no, passado, era conhecida como “Obras do Amigo Sogro”, já que Mata Pires é casado com filha de Antonio Carlos Magalhães.
Agora deveria chamar-se “Obras do Amigo Serra” – OAS, perfeito !
E, agora, oferece de presente aos adversários de Zé Pedágio na (inútil) campanha a Presidente o espetacular desabamento da viga do Robanel dos Tunganos, como diz a sabedoria popular.
Sabe-se que o CREA vai investigar TODAS as vigas das pontes já construídas (e ainda não desabadas) do Robanel.
Agora veja, amigo navegante, o que diz o Estadão (o Estadão !) segundo uma seleção especial feita pelo amigo navegante Stanley Burburinho, um implacável caçador de corrupto (*):
Prazo eleitoral antecipou viaduto que caiu
Da Agência Estado

Alteração de projeto corta 14 meses na obra do Rodoanel
17/11/2009 – 23:25
AE – Agencia Estado
SÃO PAULO – Alterações no método construtivo e na execução do Trecho Sul do Rodoanel permitiram à administração do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), abreviar em 14 meses a conclusão da obra de 61,4 quilômetros que ligará as Rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Bandeirantes e Anhanguera ao Sistema Anchieta-Imigrantes. A construção teve início em 28 de maio de 2007 e, a partir dessa data, deveria ser entregue em 48 meses, conforme o cronograma previsto na assinatura dos contratos.
Entretanto, o prazo acabou encurtado para 34 meses – a nova meta é 27 de março de 2010, um mês antes do limite para candidatos às eleições se desincompatibilizarem de seus cargos públicos. Serra é o virtual candidato do PSDB à sucessão presidencial. A construção do Trecho Oeste, com praticamente a metade da extensão do Trecho Sul, demorou quatro anos.


domingo, outubro 04, 2009

O arsenal udenista está de volta, o que poderá detê-lo?


O arsenal udenista está de volta, o que poderá detê-lo?


O arsenal udenista está de volta, o que poderá detê-lo? O método da calúnia é tão antigo no arsenal político da direita quanto o seu objetivo de alcançar o poder a qualquer custo, seja pelo voto, o impeachment, o golpe, a fraude ou uma mistura das quatro coisas simultaneamente, como fez a UDN nas eleições de 1955, na primeira chance real de chegar ao poder pelo voto, depois da tentativa de golpe abortado pelo suicídio de Vargas.

Não deu certo. Os udenistas Juarez Távora e Milton Campos tiveram 30% dos votos contra 36% dados a Juscelino. A vitória apertada, mas indiscutível da chapa que tinha como vice João Goulart, herdeiro político de Vargas, não desanimou os udenistas.

Derrotados nas urnas em outubro de 1955, desencadearam uma campanha agressiva para impedir a posse de Kubitschek, marcada para janeiro do ano seguinte. Na linha de frente do golpismo estava o jornal O Estado de São Paulo - alter-ego da UDN paulista. O mesmo que hoje lidera a pressão pela derrubada de Sarney em nome da "moralização" do Congresso e da faxina ética na política nacional.

Não é preciso ser simpatizante da oligarquia maranhense para suspeitar que existe algo mais do que mau jornalismo no bombardeio que atribui a Sarney todas as malfeitorias praticadas no Senado, desde a sua criação em 1824, na primeira Constituição do Império. O que está por trás é a volta do arsenal "democrático" udenista em pleno aquecimento para 2010, quando o PMDB terá peso decisivo na sucessão de Lula, que cultiva o apoio da legenda num acordo de reciprocidade com Sarney.

A ressalva é tão óbvia que chega a ser admitida nas entrelinhas de editorialistas espertos, funcionando mais como salvaguarda cínica do texto, do que uma crítica efetiva ao jornalismo praticado em nome da moralidade.

A moralidade de quase todos os grandes órgãos da imprensa brasileira está empenhada em corroer a candidatura Dilma Rousseff, custe o que custar. A observação de Gramasci sobre a "imprensa que adquire funções de partido político" se aplica como uma luva ao jornalismo praticado hoje no país.

Cada flanco que se abre nas fileiras do governo aciona pautas especiais; mini-editorias específicas; forças-tarefas montadas a toque de caixa. "Analistas" e acadêmicos são requisitados para teorizar sobre "a decadência irreversível do petismo", ao mesmo tempo em que petistas hesitantes, e ex-petistas recorrentes, endossam a dissolução da pureza vermelha contaminada pelos vícios do poder.

Desprovida de partidos de massa, a direita sempre teve nas campanhas midiáticas um valioso instrumento de intervenção na ordem institucional.

Se desta vez a mutação flagrada por Gramasci ganha acentuação inédita é porque os resultados acumulados pelos dois mandatos de Lula deixaram um minúsculo campo programático para a coalizão demotucana se movimentar em 2010. O braço midiático deve compensar com denúncias a fragilidade propositiva.

Malgrado as limitações da aliança que o sustenta, Lula superou a pior crise do capitalismo desde 1930, acentuando as linhas de vantagem do seu governo em relação à estratégia conservadora abraçada pelo PSDB e predominantemente apoiada pela mídia. A saber: o desastroso recuo do Estado em todas as frentes do desenvolvimento; o alinhamento carnal com os EUA na política externa e comercial; a terceirização dos grandes desafios sociais à "eficiência dos mercados auto-regulados". Hoje esse cardápio se traduz na tentativa de desconstrução caluniosa da candidatura Dilma Rousseff; nas denúncias contra a Petrobras e na torcida mal-disfarçada com o êxito do país no pré-sal.

Tivesse o Brasil persistido nessa rota, seria hoje uma terra arrasada por desemprego e quebradeira, a exemplo do que sucede no Leste europeu - última fronteira de expansão do neoliberalismo e seu obituário mais dramático.

Ocultar esse flanco substituindo o principal pelo secundário, portanto, sobrepondo à transparência da crise o que o monopólio midiático pauta como relevante, é o recurso precioso de Serra para contrabalançar sua opacidade programática em 2010.

Trata-se de uma das especialidades legadas pelo udenismo à política nacional. Carlos Lacerda, caracterizado como "o Corvo" nas charges publicadas pelo jornal getulista Última Hora, manejava com maestria o ferramental de fraudes & ofensas, que hoje encontra aprendizes excitados nas redações.

Exemplos: dia 22 de agosto o comentarista político Fernando Rodrigues, classificou o senador Mercadante de "vassalo" do Planalto, com chamada na primeira página da Folha; antes dele, Danuza Leão comparou a ministra Dilma Rousseff , na mesma Folha, a um misto de pai autoritário e diretora "carrasca". Analista das Organizações Globo, o que não significa apenas uma inserção profissional, Lucia Hippolito espetou no título de um comentário sobre o PT (Globo online) o vocábulo-síntese de sua filiação carnal ao udenismo: "a pelegada".

A fome dos petizes lacerdistas encontra fontes obsequiosas nas fileiras oposicionistas.

Olhos, ouvidos e bocas de Serra na capital federal, ao lado de Virgílio, Agripino, Sergio Guerra e Jereissati, o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) definiu o PT, em recente entrevista, como uma sublegenda do "lulismo". Na boa tradição udenista equiparou o "lulismo", portanto o Presidente da República, aos "caudilhismos latinoamericanos, a exemplo do peronismo argentino". O conservadorismo do senador evoca um tema recorrente no cardápio lacerdista, que inspirou violenta campanha contra Vargas nos anos 50, fartamente difundida pela rádio Globo, dirigida pelo jovem udenista, Roberto Marinho.

Vale a pena rememorar esse "case" do modo udenista de abduzir a realidade e derivar daí vale-tudo de aniquilação dos adversários.

Em abril de 1954, o governo Vargas sangrava. Uma ciranda de ataques descomprometidos de qualquer outra lógica que não a derrubada de um projeto de desenvolvimento nacionalista fustigava o Presidente que criara a Petrobras, o BNDES e aplicava uma política de fortalecimento do mercado interno com forte incremento do salário mínimo.

O clima pesado de acusações e ofensas pessoais atingia Getúlio e sua família de forma indiscriminada. Lutero, irmão do Presidente, era tratado nas manchetes como "bastardo" e "ladrão". O ministro do Trabalho, João Goulart, era reduzido a "personagem de boate". Faltava, porém, um ponto de coagulação para transformar o tiroteio desordenado em míssil capaz de abrir um rombo na legalidade institucional.

Em meio à radicalização, em março de 54 surge a denúncia de que "os caudilhos" Vargas e Perón planejavam um suposto "Pacto ABC" (Argentina –Brasil –Chile), cuja meta era "a integração sul-americana num arquipélago de repúblicas sindicais contra os EUA".

Carlos Lacerda, na Tribuna da Imprensa e na rádio Globo, e a Banda de Música da UDN no Congresso – um pouco como o jogral que hoje modula as vozes da coalização demotucana e da mídia "ética" - martelavam a denúncia incansavelmente, testando por aproximação as condições para o impeachment de Vargas.

A notícia do pacto foi vigorosamente desmentida pela chancelaria argentina, mas um ex-ministro rompido com Getúlio, aliou-se a Lacerda para oferecer "evidências" das negociações entre o Brasil e Perón.

A inexistência de provas – exceto a menção genérica de Perón à uma aliança regional — não demoveu a mídia que deu à declaração ressentida do ex-ministro contornos de verdade inquestionável, repetida à exaustão até acuar o governo.

Vargas reagiu na única direção que lhe restava. No 1º de maio de 1954 anunciou o famoso reajuste de 100% para o salário mínimo num discurso marcado por elogios a Goulart, o ministro do Trabalho, mentor do reajuste, afastado pela pressão udenista.

Ao conclamar os trabalhadores a se organizarem para defender seus próprios interesses, o discurso de 1º de Maio soava como um ensaio de despedida. Talvez até mais radical, na convocação aos trabalhadores, do que a própria Carta Testamento deixada quatro meses depois, quando o Presidente atirou contra o próprio peito para não ceder à pressão da mídia pela renúncia.

"A minha tarefa está terminando e a vossa apenas começa. O que já obtivestes ainda não é tudo. Resta ainda conquistar a plenitude dos direitos que vos são devidos e a satisfação das reivindicações impostas pelas necessidades (...) Como cidadãos, a vossa vontade pesará nas urnas. Como classe, podeis imprimir ao vosso sufrágio a força decisória do número. Constituí a maioria. Hoje estais com o governo. Amanhã sereis o governo" (Getúlio Vargas, 1º de Maio de 1954).

A dramaticidade do suicídio iluminou o quadro político gerando transparência e revolta diante do golpismo em marcha. Porta-vozes da oposição a Getúlio foram escorraçados nas ruas do Rio; uma multidão consternada e enfurecida cercou e depredou a rádio Globo que saiu do ar; veículos do jornal de Roberto Marinho foram caçados e queimados nas ruas da cidade. Para Carlos Lacerda não sobrou um centímetro de segurança em terra: o "Corvo" foi obrigado refugiar-se no mar, a bordo do cruzador Barroso.

A determinação conservadora de arrebatar o poder, todavia, não esmoreceu.

Poucas semanas depois do suicídio, em 16 de setembro de 1954, uma segunda "denúncia" associada ao Pacto ABC explodiria nos microfones da rádio Globo. Era a largada, com 12 meses de antecipação, para a primeira disputa eleitoral em vinte e quatro anos que não contaria com a presença divisora de Getúlio na cena nacional.

O alvo agora era João Goulart, o herdeiro político do presidente morto e adversário certo da UDN no pleito de outubro de 1955. Na voz estridente de Lacerda, comentarista de diversos programas da emissora de Marinho, foi lida em primeira mão a "Carta Brandi". Uma suposta correspondência do deputado argentino Antonio Brandi a João Goulart , apresentada como a prova "definitiva" da conspiração para implantar "uma república sindicalista no Brasil".

Na efervescência da guerra eleitoral, o escândalo levou o Exército a abrir inquérito imediatamente, enviando missão oficial a Buenos Aires para aprofundar as investigações.

A conclusão oficial de que tudo não passara de uma grosseira fraude, forjada por Lacerda e alimentada pela imprensa anti-getulista, não abalou seus protagonistas. Lacerda rapidamente mudou o foco da denúncia, invertendo os termos da equação: fora vítima de uma cilada, uma isca arquitetada por adversários eleitorais para desmoralizar a democracia e acelerar a implantação de uma república sindical no país - exatamente como descrevia a (falsa) "Carta Brandi".

"(...) Se a carta não é verdadeira", escreveu na Tribuna de Imprensa, um mês depois da derrota da UDN para JK e Jango no pleito de outubro de 1955, "seu conteúdo está de acordo, mais ou menos, com o que se sabe da vida política do sr. Goulart..."

Qualquer semelhança com o malabarismo denuncista que povoa a mídia tucana nos nossos dias não é mera coincidência. Os mesmos objetivos, os mesmos métodos, a mesma elasticidade ética e democrática estão de volta.

A vitória apertada de JK em 1955 foi tratada pelo udenismo como uma sintoma de "ilegalidade das urnas". Inconformada, a chamada "imprensa da UDN" iniciou uma nova campanha, desta vez liderada pelo jornal Estado de São Paulo, que não poupou papel e tinta na luta para impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek.

Se chegaram a esse ponto contra JK em 1955 e fracassaram, muito se deve ao desbloqueio do discernimento popular causado pelo suicídio do estrategista genial que foi Getúlio Vargas. O arsenal udenista, porém, está de volta e seu partido midiático não disfarça a determinação de transformar 2010 na nova inflexão conservadora na vida do país. Resta saber que força poderá detê-los agora, a ponto de despertar na sociedade o mesmo efeito esclarecedor do tiro que sacudiu o país na manhã de 24 de agosto de 1954.Saul Leblon em www.cartamaior.com.br

segunda-feira, setembro 07, 2009


Este Leão (Danuza) é manso

por Maria do Rosário

“As aparências enganam” e o que a colunista Danuza revela, “Na Sala”, não condiz com o que se passa na alcova da imprensa e do poder – coisas que ela carrega no DNA, conhece como ninguém e é a mais perfeita tradução desta mistura tão nociva ao país nas últimas seis décadas. Não a conheço, não a tenho como leitura freqüente, mas nutro por ela uma leve simpatia pelo simples fato de ser uma mulher que soube ocupar seus espaços e sair da sombra do ex-marido poderoso e da irmã – esta sim, genial e famosa.

Pois, em artigo recente, o Leão Danuza rugiu para cima da ministra Dilma Rousseff em um texto carregado de preconceitos, juízos de valor e intenções (más) dissimuladas. As opiniões pessoais desta moça é um direito inalienável dela. Contestá-la, com mais respeito do que ela teve pela Ministra, é igualmente democrático.

O fato é que este mesmo Leão que ruge contra a Ministra – misturando vida pública e privada em uma colcha de retalhos de asneiras – é manso e cordato diante dos chicotes de seus domadores. Seus urros são seletivos e de rei das selvas torna-se o bobo da corte da campanha para que um tucano volte a reinar.

Ao contrário de Danuza, conheço Dilma Rousseff muito antes de ela sonhar em ser Ministra Chefe da Casa Civil ou antever a possibilidade de se tornar Presidente da República – não fosse esta real possibilidade, talvez, os leões não estariam rugindo pra ela. Sei de seus traumas – não aqueles chiliques que levam dondocas aos anos de divã – mas daqueles causados pela prisão e pela tortura.

Dizer que Dilma fala “com aquela voz de general da ditadura no quartel”, como afirma Danuza em seu abominável artigo, é desrespeitoso com o passado da ministra, que aos 19 anos estava sob o jugo destes verdugos, enquanto corajosas – e medrosas – colunistas de hoje compactuavam com o regime, seja pelo silêncio, seja pelas viagens psicodélicas, seja pelas viagens ao redor do mundo.

Não sei baseado em que a colunista afirma que “não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura”. Quantas vezes, por exemplo, ela viu o ex-ministro Serra sorrir em oito anos de governo FHC? Não sei se pelos caninos vampirescos, mas a coisa mais difícil para os marqueteiros tucanos é colocar um sorriso simpático no hoje governador tucano. O que não me autoriza – nem a ninguém – a prejulgar ou questionar sua sensibilidade, seus amores, suas paixões e seus gestos de civilidade.

O medo de Danuza não tem parentesco com o medo de Regina Duarte na campanha de 2002 – aquilo foi apenas um truque publicitário que deu em nada. O texto de Danuza tem sim a mesma gênese e leviandade das afirmações de Collor sobre a vida privada do Presidente Lula. Se o olhar “possuído” de Collor é público e notório, a semelhança de suas práticas tem simbiose perfeita com o papel voluntariamente desempenhado por Danuza.

Dilma Rousseff é uma administradora severa, exigente com seus subordinados? Não sei, mas penso que, se for, é uma qualidade, não um defeito. Na vida privada da Ministra – que acompanho desde os tempos de Rio Grande do Sul – ela sempre foi uma mulher apaixonada, uma mãe amantíssima e uma figura profundamente sensível com as questões sociais, sejam as coletivas ou as individuais.

Aqui cabe um parêntesis. Durante o apagão energético do governo tucano/danuza, o Rio Grande do Sul escapou do racionamento graças sobretudo ao trabalho da então secretária Dilma. Naquela ocasião – e para isto há inúmeros testemunhos – toda a preocupação da hoje ministra era com os pequenos consumidores de energia, aquela gente que mal conta com um pequeno ferro elétrico e três lâmpadas pra se aquecer e que não poderia – em nenhuma hipótese, dizia ela – ficar privada de energia em suas casas.

A ministra hoje, além da ira dos leões que não a querem como sucessora de Lula, enfrenta e vence uma luta contra o câncer. Sobre este episódio, que ela tratou com a mais absoluta altivez e transparência, uma informação que se tornou pública – e que a colunista Danuza preferiu desconhecer – joga por terra todo o argumento do preconceituoso artigo.

Quando soube que teria que enfrentar um tratamento deveras demorado e doloroso, Dilma disse que o mais difícil não foi tomar conhecimento da doença. Foi ter que contar o fato para a mãe e para a filha. De acordo com ela, é lancinante a dor de ter que dar uma notícia como esta e ainda ter que consolar o coração das pessoas que ama. Deus é grande, afirma Danuza, na única frase não descartável do seu artigo. E é a grandeza deste Deus que está devolvendo a saúde plena a nossa Dilma. E Ele, com certeza, vai também restituir a verdade ofendida por artigos como este, e vai conduzir o país para um debate, sereno e democrático que sempre precisa ser travado."

Só pra saber...

Qual das duas, abaixo, é realmente de dar medo?

A Danuza/Tucana saudável (?) (Foto sem retoques!!!)

Ou a Dilma? (Com câncer e em tratamento!!!)



quarta-feira, setembro 02, 2009

Back2Black ---- Félix Maier

Back2Black

Félix Maier

Back2Black é um trocadilho de "back to black" (volta ao negro).

O Back 2 Black Festival ocorreu de 28 a 30 de agosto de 2009, no Rio de Janeiro, com a presença da ativista política moçambicana Graça Machel, esposa de Mandela, do músico senegalês Youssou N’Dour, da economista zambiana Dambisa Moyo, do escritor e pintor sul-africano Breyten Breytenbach, considerado um dos nomes mais fortes de resistência ao Apartheid, do cineasta sul-africano Gavin Hood que produziu o filme Tsotsi, do escritor angolano José Eduardo Agualusa e do humanista popstar Bob Geldof.

Na parte musical, o B2B teve artistas de nome nacional como Marisa Monte, Ed Mota, Gilberto Gil, Dona Ivone Lara, Luiz Melodia.

É ótimo que ocorram eventos dessa natureza, para a preservação da rica e multicolorida cultura negra oriunda da África. No entanto...

No entanto, não é só de cultura negra que vive a África. Esta, predomina apenas abaixo da região sub-saariana. Todo o Norte da África - região do Magrebe, da Líbia e do Egito - não é negro, mas pardo, composto principalmente por árabes.

Claro, quando se fala da África, a primeira ideia que nos vem à mente é de que se trata do "continente negro", especialmente por ter o Brasil se servido de escravos negros oriundos de lá, durante o Império.

Mas, o que significa back to black, a volta ao negro? Significa que os promotores do evento passam a ideia erronea de que a humanidade teve origem na África negra, de que o primeiro homem, ou melhor, de que a primeira Eva ("Lucy"?), foi uma mulher negra. Se isso fosse realmente verdade, Beethoven seria negro, Einstein seria negro e até Pelé seria também negro. Por que, então, instituir o sistema de cotas racistas nas universidades, se até um branquelo azedo, como eu, sou negro?

Muitos movimentos negros não passam de movimentos racistas disfarçados. Algumas pessoas não tem o menor pudor em ostentar camisetas com os dizeres "Orgulho da raça negra" ou "100% negro". No fundo, não passam de 150% racistas!

O que se estranha é que os ditos grupos de “defesa de afrodescendentes” queiram chamar de negra, p. ex., uma morena como Thaís Araújo ou Camila Pitanga. Elas têm, digamos, uns 50% de sangue branco e outros 50% de sangue negro. São, naturalmente, “morenas”, não “negras”, como muitos (racistas de cor?) querem impor. Chamá-las de “negras” equivale a chamá-las também de “brancas”, o que efetivamente elas também não são. Nesse mesmo erro incorreu Paula Barreto, branca, filha do produtor de cinema Luís Carlos Barreto, que se casou com o jogador de futebol Cláudio Adão, e que não aceita a denominação do termo “pardo”: “Tenho horror a ele. É feio, preconceituoso. Meus filhos são negros e são felizes” (in Racismo Cordial – A mais completa análise sobre preconceito de cor no Brasil, Editora Ática, São Paulo, 1995. pg. 38). Pelo visto, virou mesmo moda de muito “moreno-claro” se apresentar como “negro”, só para acompanhar a onda “politicamente correta” em voga. Colocar uma cor acima da outra é racismo puro.

Por que chegamos a esta ridícula situação?

O (pouco) disfarçado racismo negro teve grande impulso com FHC, que na deliberação do Programa Nacional dos Direitos Humanos, criado em 1996, deu início à divisão do Brasil em um país bicolor: "Determinar ao IBGE a adoção do critério de se considerar os mulatos, os pardos e os pretos como integrantes do contingente de população negra". Assim, os negros mestiços, ainda que tenham 50% de sangue europeu, passam a ser tratadas como africanos puros, um absurdo! Com uma penada, FHC pretendeu acabar com uma instituição nacional, a “mulata”.

“Com este jogo de conceitos, o censo, que apresentava 51,4% da população brasileira como sendo branca, 5,9% como negra e 42% como parda, com o advento da nova expressão fez com que a população negra passasse a constituir 47,9% dos brasileiros. Diante dos números aima, foi criado o slogan: ‘No Brasil a pobreza tem cor, e ela é negra’. A causa da pobreza dos negros seria um ‘racismo escondido’. O governo, em vez de combater a pobreza com os instrumentos clássicos de educação de qualidade, geração de emprego, fortalecimento da família e de valores morais, com amor ao trabalho e à poupança, vem criando uma série de programas de incitamento à revolta, resultando em invasões de propriedades e desrespeito às decisões judiciais” (Nelson Barretto, in A Revolução Quilombola, Artpress, São Paulo, 2007, pg. 11-12).

Quando uma pessoa morena abomina sua "branquelice", em favor de sua "negritude", apresentando-se orgulhosa como sendo da "raça negra", está provando que é uma pessoa que tem preconceito da "raça branca". Trata-se, apenas, de uma pessoa racista e ponto final. Segundo os últimos estudos do genoma humano, dois zulus podem ser mais diferentes entre si do que em relação a pessoas de outros povos, vizinhos ou não, inclusive nórdicos.

Assim, falar em "raça" é enaltecer algo já enterrado pela ciência moderna. Falar em "raça" não passa de coisa de racista. Hoje, de cor invertida. Back to black é isso.


Senado aprova o AI-5 digital. Políticos querem uma internet chinesa no Brasil. Conversa Afiada não acata decisão

Na foto, os generais Costa e Silva e Médici, os campeões da democracia demo-tucana

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado acumpliciada com a Comissão de Ciência e Tecnologia apoiou uma legislação chinesa para a internet no Brasil – veja o que saiu no blog do Nassif.

Os cérebros dessa patranha são Marco Maciel (DEM-PE), que serviu ao regime militar com silenciosa candura, e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que tem um encontro marcado com o corajoso ministro Joaquim Barbosa por causa do mensalão tucano de Minas.

Sob cinzenta liderança desses dois cavalheiros, a internet brasileira não poderá emitir opinião sobre candidatos em período eleitoral.

A barbaridade é igualar a internet às empresas de rádio e TV, que vivem em regime de concessão.

O que Marco Maciel e Eduardo Azeredo querem é a censura.

Os dois fazem parte da base demo-tucana e isso tem cheiro de José Serra, que controlava a imprensa brasileira com três telefonemas: ao doutor Roberto, ao Ruy Mesquita e ao seu Frias.

Os demo-tucanos são os que mais ganham com a censura.

Os demo-tucanos tem pavor da luz do sol que, como se sabe, é o melhor desinfetante.

O ministro Ayres Britto, ao relatar no Supremo o fim da lei de imprensa, declarou: a imprensa controla os governos. A internet controla a imprensa. A liberdade da internet tem que ser maior que a liberdade da imprensa.

O Conversa Afiada quer comunicar a seus amigos navegantes que, por causa dessas e outras, está pendurado num provedor em território americano, onde a internet desfruta de liberdade razoavelmente maior do que a da China.

E, de lá, do território americano, dirá o que bem entende.

Quero ver o Senado, o Marco Maciel e o Eduardo Azeredo calarem o Conversa Afiada.

Paulo Henrique Amorim Paulo Henrique Amorim

O dogma Lula é irrevogável---




Por que Aloizio Mercadante não manteve sua "irrevogabilidade"? Porque não teve coragem de enfrentar Lula.

Mas, por que não teve? A razão é a mesma que acomete muitos intelectuais "não petistas" : Lula é "inatacável".

Poucas pessoas têm coragem de contestar um ex-operário, aparentemente honesto, que muito sofreu para chegar onde está. Além disso, Lula tem a cor do que seria a pátina da "revolução", de uma "justiça social" vaga.

Por isso, pergunto-me: será que os intelectuais não veem que nossa democracia conquistada há vinte anos está sendo roída pelos ratos da velha política?

Não se trata (nem estou pedindo) que esculachem o presidente.

Lula tem várias qualidades, mas está usando só os seus defeitos: autoritarismo de Ibope alto, "lua de mel consigo mesmo", confusão conceitual no ensopadinho ideológico do "lulismo" (discursos populistas e práticas oportunistas), ausência de um plano concreto, além do virtual e midiático PAC, alianças com os mais sujos para "governar" e ficando incapaz de fazê-lo pelas mesmas alianças que agora o manietam.

A atitude de Lula de se colocar "acima" da política como sendo "coisa menor" é uma sopa no mel para corruptos e vagabundos. No dia seguinte à absolvição de Sarney, o PMDB não deu trégua e já quer mais emendas orçamentárias, no peito.

Alguns intelectuais ficam "angustiadinhos": "Ah...eu tinha um sonho...que se esfumou..." - choram os militantes imaginários, e nada fazem. A covardia intelectual é grande. Há o medo de ser chamado de reacionário ou careta. Todos continuam com a mania de que são "radicais" (como ser, por exemplo, corintiano doente).

Continuam ativos os três tipos exemplares de "radicais": os radicais de cervejaria, os radicais de enfermaria e os radicais de estrebaria. Os frívolos, os burros e os loucos. Uns bebem e falam em revolução; outros zurram e os terceiros alucinam. Padecem da doença herdada (resistente a antibióticos) de um voluntarismo com ecos stalinistas, cruzada com o germe do sindicalismo oportunista. Para eles, "administrar" é visto como ato menor, até meio reacionário, pois administrar é manter, preservar - coisa de capitalistas.

Lula é dogma. Diante dele, abole-se o sentido crítico. É como desconfiar da virgindade de Nossa Senhora. Fácil era esculhambar FHC.

Volto a dizer: não quero que "demonizem" Lula; pelo contrário, quero até que o ajudem nessa armadilha em que o país (e ele) caiu por sua atitude.

Lula viaja nessa maionese ambivalente (que até a "The Economist" denuncia) de leninismo sindicalista com apresentador de TV, um "mix" de Waldick Soriano com Getúlio.

Com essas alianças, Lula revigorou o pior problema do país: o patrimonialismo endêmico, que tinha diminuído depois de FHC. Temos agora uma espécie de "patrimonialismo de Estado": boquinhas para pelegos (200 mil) e pernas abertas para o PMDB.

Estamos diante de um momento histórico gravíssimo, com os dois tumores gêmeos de nossa doença: a direita do atraso e a esquerda do atraso. Como escreveu Bobbio, se há uma coisa que une esquerda e direita, é o ódio à democracia.

Essa crise é tão sintomática, tão exemplar para a mudança do país, que não podia ser desperdiçada pelos pensadores livres. É uma tomografia que mostra as glândulas, as secreções do corpo brasileiro - um diagnóstico completo. Esse espasmo de verdade, essa brutal explosão de nossas vísceras, talvez seja perdida porque as manobras do atraso de direita e do atraso de esquerda trabalham unidas para que a mentira vença.

E intelectuais sérios, artistas famosos e celebridades não abrem a boca. Onde estão os velhos manifestos de que eles gostavam tanto?

Quando haverá manifestações da sociedade para confrontar a ópera bufa que rola à nossa frente? As denúncias foram todas provadas, a imprensa denuncia e é ameaçada, enquanto os canalhas se sentem protegidos pelo labirinto do Judiciário. E não se trata mais de mensalões e mensalinhos, netinhos ou netinhas nomeadas; trata-se da implosão de nossas instituições republicanas, feita pelos próprios donos do poder.

O Brasil está entregue à mentira oficializada, manipulada pelo governo e o Legislativo, num jogo de "barata-voa" com as denúncias, provas cabais, evidências solares, tudo diante dos olhos impotentes da opinião pública. E homens notáveis do país estão calados. Quando se manifestam isoladamente, são apenas suspiros esparsos, folhas de outono, lamentos doloridos...

Mudar é trair, para os tais "radicais" dos três tipos. Ninguém tem coragem de admitir a invencibilidade do capitalismo global, com benesses e horrores (como a vida). Ninguém abre mão da fé em utopias ridículas - o presente é chato, dá trabalho; preferem um futuro imaginário.

Não admitem que um "choque de capitalismo" seria a única bomba a arrebentar a casamata paralítica do Estado inchado, gastador e ineficiente, e que isso seria muito mais progressista que velhas ideias finalistas, esse "platonismo" de galinheiro sobre o "todo, o futuro, o ser, a história". Eles não abrem mão dessa "elegância" filosófica ridícula. Só pensam no que deveria ser e não enfrentam o que inexoravelmente é. Preferem a paz de suas apostilas encardidas. Há uma grande indigência teórica sobre o Brasil contemporâneo. Ignoram a estrutura colonial e preferem continuar com teses mortas.

O mito do messianismo é muito forte, com sua origem religiosa. Não entendem que o homem de "esquerda" de hoje tem que perder fé e esperança, e que o verdadeiro progressista tem de partir do não-sabido e inventar caminhos.

Só uma força plebiscitária poderá mover essa grande pizza envenenada.

Por isso, pergunto, como os antigos: quando haverá uma manifestação séria da opinião pública? Uma ação continuada de notáveis da República para impedir esse jogo de carniça entre os Três Poderes, essa vergonha que humilha o Brasil? Vamos continuar de braços cruzados?

segunda-feira, agosto 24, 2009

Carta aberta ao Senador Renan Calheiros


TEXTO DE TEREZA COLLOR.

Publicado por Mendonça Neto, Jornal Extra - Rio de Janeiro .



Carta aberta ao Senador Renan Calheiros



"Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz". As vacas de Renan dão cria
24 h por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas!

Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você
sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.

Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado
estadual em 1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política
de oposição dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros,
construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que
se acovardam e não aprendem nunca a ousar como os bandidos.

Você é um homem ousado. Compreendeu, num determinado momento, que a
vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do
desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse
qual fosse o preço, Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo,
a degladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em
desigualdade de forças e de dinheiros.

Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um
atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia
derrotaria todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham
empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque
imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em
Murici, até os mosquitos são vorazes) não mordessem a tez rósea de
seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria
Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras
e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da
cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os
Omena, poderosos e perigosos.

Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o
Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.

Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de
Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser
Parido o novo Renan.

Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo.
Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito.

Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito,
essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o
seu talento de vencedor.

Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu
a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan
Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada,
a ele próprio serviria em tudo. Haveria de ser recebido em Palácios,
em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um
príncipe, e quando chegasse a esse ponto, todos os seus traumas
banhados no rio Mundaú, seriam rebatizados em Fausto e opulência; "Lá
terei a mulher que quero, na cama que escolherei. Serei amigo do Rei."

Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus
personagens: "A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível."
Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do
desonesto, ele advertia: "Suje-se, gordo! Quer sujar-se? Suje-se,
gordo!"

Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez.

Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados,
ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da
consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de
moço!

Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua
campanha com US$ 1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao
seu motorista Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo
Hotel Luxor, Av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.

E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores
havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a
segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua
intrepidez em ganhar a qualquer preço. O destemor do alpinista, que ou
chega ao topo da montanha - e é tudo seu, montanha e glória - ou
morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa
rindo, e cujos olhos indecifráveis Intimidam o adversário. E joga
tudo. E vence. No blefe.

Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política
brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes
picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e
objetivos de interesse público? ACM, que, na iminência de ser cassado,
escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel
de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia
com que cultiva corruptos?

José Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e,
agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho,
passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?

Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O
presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e
hoje hospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?

Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e
dobrou o Supremo Tribunal Federal?

No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem.
Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com
fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e
privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais
para blindá-lo.

E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba -
é o camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo
para que a sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética -
consagre a sua carreira.

Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in
pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o
jeito sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o
Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo,
previne: quero absolver Renan.

Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você
declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua
assinatura:

1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil,

2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,

3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,

4) Casa na Barra de São Miguel de R$ 350 mil .



E SÓ.

Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!!

Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na
realidade, mais de R$ 1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel,
comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000. Só
aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$
5.000.000,00.

Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhões, como
comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranjas?
Que herança moral você deixa para seus descendentes?.

Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem
escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena?

Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior
latifundiário de Murici. E você respondeu: "Não tenho uma só tarefa de
terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho." É verdade,
especialmente no verde das mesas de pôquer!

O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente
você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices. Mas olhe
no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o
desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento
desonesto e mentiroso. Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso.
Por causa de gente como você!

Por favor, divulguem pro Brasil inteiro pra ver se o congresso cria
vergonha na cara.

Os alagoanos agradecem.

Thereza Collor.




Os calhordas pululam!

SE LIGA BRASIL

Que decepção....que vexame...



Senhor Senador.
Muitos sabem que, ideologicamente, V.Excia e o Senhor seu Pai, General
Oliva, não comungavam da mesma doutrina, mas por várias vezes ouvi
dele rasgados elogios a sua pessoa pela sua competência, cultura,
personalidade etc. Como eu e muitos de seus eleitores, tenho certeza
que hoje o General, onde quer que esteja, está envergonhado pela
atitude covarde adotada em relação a sua renuncia da liderança do PT
no senado, pois em seu discurso V.Excia. declarou que estava atendendo
a um pedido do Presidente Lula.
Com todo o respeito Senhor Senador, se é que V.Excia ainda mereça, o
Senhor não atendeu a um pedido, mas sim cumpriu uma ordem, muito bem
estampada na 1ª página do Jornal EXTRA do último sábado que dizia o
seguinte:"BARBUDO MANDA, BIGODE OBEDECE E BIGODÃO AGRADECE",
referindo-se ao Lula ao Senhor e ao Sarney. Que vergonha.......
Falta pouco mais de um ano para outubro de 2010 e as urnas deverão dar
suas respostas.
É lamentável que uma pessoa com a competência e que sempre adotava
posturas firmes (lembro-me bem de várias atuações do Senhor como
Deputado Federal em várias CPIs) venha se acovardar, se apequenar
frente a ordens do dono do PT.
O PT já de muito deixou de ser o Partido dos Trabalhadores, passando a
ser o Partido dos Tributos e das Trabalhadas.
Que Deus o ilumine, pois diante da sua renúncia a renunciar, a partir
de agora o Senhor não vai liderar ninguém e passará a ser um fantasma
vagando pelos corredores do Congresso Nacional.
Walter Gêd. Rio de Janeiro.
Artigo enviado do meu amigo walter ged chagas valverde
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sábado, agosto 22, 2009

O DONO E O CÃO

TAVARES-FALATUDO
Minha foto
Em politica a cada minuto a noticias, ontem publiquei que o Senador Mercadante -PT-SP renunciou a sua liderança no senado. Com o discurso pronto, e afirmando que não seria mas o líder no senado ,o Senador Mercadante mais uma vez usou de hipocrisia para com seus eleitores, chamado pelo presidente Lula, o Senador Mercadante voltou atrás. Como um cãozinho abanando o rabo foi lamber a mão do seu dono, no Senado afirmou que não deixaria de atender á mais um pedido de Lula,mais uma mentira, Lula não pediu , mandou. É vergonhoso para todos os petistas ver suas lideranças comprometidas com a escoria do retrocesso politico do pais, ver Senadores do seu partido lutar ferozmente para arquivar processos contra José Sarney, é humilhante ver sua maior liderança chegar a presidência e abraçar o Senador Fernando Collor,lutar contra a opinião publica e mandar os cachorrinhos(senadores) livrar a cara de Sarney. O senador Mercadante o campeão de votos humilhou os seus eleitores.



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quinta-feira, agosto 20, 2009

LULA- QUE CRISE?

TAVARES-FALATUDO

Minha fotoO presidente LULA afirma que não tem crise no PT, com certeza ele não sabe de nada, não viu nada, mas a verdade é que a crise no planalto chama-se SARNEY. O Senador Aluizio Mercadante renunciou o cargo de líder do governo no senado, decisão inrrevogavel. LULA ate que pediu mas o senador foi firme não aceitou os argumentos de sua exelencia o presidente, não podemos ser submisso à cúpula corrupta do PMDB, não podemos calar a voz do povo brasileiro que pede a honestidade e o mínimo de honra para estes políticos.

Começou a demanda do PT , MARINA SILVA e FLAVIO ARNS confirmaram a saída do PT, ambos pediram revisão no processo que a Comissão de Ética do Senado arquivou sobre as denuncias contra Sarney. O PT perdeu o rumo da governabilidade , perdeu a confiança do povo , muitos petista que acreditam nessa aliança com o PMDB , acreditam que para governar não importa ter honra , honestidade , escrúpulos, vergonha, moral , confiança e credibilidade popular, para esses petistas o importante e eleger D.DILMA. Ledo engano , o que precisamos agora é de um presidente que escute o anseio popular, que comparti lhe com a honestidade politica, que participe com a opinião publica , que seja honesto e acima de tudo BRASILEIRO. No artigo anterior eu disse que um dia seria historia e no outro seria chacota; podem me sacanear.


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quarta-feira, agosto 19, 2009

LULA -- COMO PERDER UMA ELEIÇÃO



TAVARES-FALATUDO

Minha foto
O presidente LULA esta completamente sem rumo neste final de mandado, uma grande maioria de amigos passa a maior parte do tempo metendo o cassete no seu governo, cabe a esse humilde bloggeiro defende-lo. Nos últimos dias tenho ficado esgotado de ver tantas trabalhadas, que resolvi escrever este artigo citando as lambaças do SAPO BARBUDO:


1- Dizer que Sarney tem uma biografia e ajudou muito o BRASIL ( mandem email por favor com algo de positivo sobre o Sarney HÁ-HÁ-HÁ) .


2- Organizar um jantar com todos os senadores da base governista e exigir unidade em torno da absolvição de Sarney no CONSELHO DE ÉTICA ( vocês viram a Ética?) .


3- Exigir de todo o Partido dos Trabalhadores, submissão total a Sarney( o PT perdeu toda a sua dignidade com representante dos trabalhadores ) .


4- Dar um longo abraço em Collor ( só faltou perguntar se é realmente roxo, que vergonha LULA) .

5 - Exigir dos senadores petista o arquivamento das denuncias contra o Senador Sarney( todos humilhados, como explicar aos eleitores a sua submissão) .


6- Ensinar a D.Dilma sempre negar, não fui eu , não sei de nada( essa e forte, Dilma é uma grande aluna aprende depressa) .


7- É por ultimo perder Marina Silva para o Partido Verde( com certeza vai ser o calo do LULA nas próximas eleições, acreditamos que não estará a venda) .

Fica muito difícil , no final de mandato LULA começar a ter a mesma doença de FHC, se achando DEUS . Não se canta de galo antes da eleição, o partido não tem votos quem ganhou as dois mandatos foi o carisma do LULA , com a saída da Senadora Heloisa Helena o partido começou a perder a sua identidade . Hoje perdeu por enquanto a Senadora Marina Silva, com certeza pode atrapalhar a candidatura de Dilma ,com as atitudes tomadas de LULA a vitoria de Dilma corre sérios riscos, comprometeu uma eleição quase ganha . Tudo para ter no palanque os corruptos do PMDB , será que vale se comprometer para tentar ganhar uma eleição, vender os ideais do trabalhador para estar com essa corja de corruptos,em um dia entramos para a historia por ter um operário no cargo de presidente do Brasil, no outro dia viramos chacota.



SE LIGA BRASIL

CONSELHO DE ÉTICA?


TAVARES-FALATUDO
Minha foto
Sempre espero o melhor na politica brasileira, quando acontece um julgamento no senado ou na câmara me encho de patriotismo com esperança de mudanças , que os acusados sejam punidos com todo rigor da justiça. Mas a democracia no Brasil é de fazer inveja a SÓCRATES , PLATÃO e ARISTÓTELES( fiquei com inveja de Sarney ), com toda a certeza comemoram a nossa democracia brindando com veneno. É vergonhoso para todos nos brasileiros assistir o arquivamento dos processos contra o Senador José Sarney. Mais vergonhoso e assistir um Concelho Ética de corruptos julgar mais um, na presidência desse conselho um pau- mandado( Senador Paulo Duque vergonha do Estado do Rio de Janeiro) da cúpula corrupta do PMDB se não for todo o partido . Conselho composto por senadores que em 70 porcento respondem à processos no STJ ou no STE , como confiar em senadores que estão a margem da lei? Quando oPMDB escolheu a dedo o presidente do conselho já tinham decidido , que Sarney era inocente . Troca de favores entre amigos corruptos , é assim que atuam, candidatam-se ao senado não para legislar para que possamos ter um pais melhor, mas para abrir negociatas de seu próprio interesses , pensam que estão acima da justiça enganam-se teremos senadores em fim demandato . É A HORA DA VINGANÇA!


SE LIGA BRASIL

Editorial de “O Globo” do dia 02 de abril de 1964:

Editorial de “O Globo” do dia 02 de abril de 1964:

“Ressurge a Democracia”

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.

Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.

Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.

Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo.

As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”

No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei.

Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.

Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.

A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.

Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.”

SE LIGA BRASIL

MARINA SILVA




A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sai do governo Lula depois  de intensa pressão do agronegócios e daqueles que defendem o  crescimento insustentável.

MARINA SILVA DEFENDE NOVAS REGRAS PARA O SENADO

26/06/2009


A senadora Marina Silva propôs, nesta sexta-feira (26-06), a instalação de um processo instituinte no Senado, uma espécie de constituição da própria Casa, envolvendo os diferentes partidos, senadores, servidores, gestores, enfim, todos os segmentos da instituição, com o objetivo de reelaborar a ação e as regras do Senado Federal.

"Quando digo que o processo deve ser a partir desta própria Casa, não me refiro apenas aos senadores, mas também aos funcionários, porque há uma perda do lugar do trabalho, há uma perda da constituição da referência, das significações que as pessoas fazem das suas vidas aqui dentro, diante de tantos problemas. E não se pode olvidar, nem minimizar os problemas, que são graves. A crise é profunda e deve ser tratada dessa forma", destacou Marina Silva, da tribuna do plenário do Senado.

Embora ressaltando que ainda não tem os contornos desse processo, a senadora sugeriu que a Casa peça também a ajuda de pessoas que pensam a gestão pública e trabalham na elaboração de políticas, para a reelaboração dos processos administrativos e da ação política do Senado. Um processo instituinte, de acordo com Marina Silva, deve envolver especialistas do campo da ciência política, da academia, dos movimentos sociais, além do Congresso Nacional.

A senadora ainda defendeu o debate com pessoas especializadas também no campo das relações humanas, com conhecimento no campo das ações comportamentais. "Porque já temos, agora, quase que um processo de adoecimento da instituição, onde a repetição do erro permanece, prevalece quase que de uma forma estagnante. Os mesmos erros são praticados reiteradas vezes e parece que não temos aprendido com o conjunto de problemas que têm vindo à tona a cada momento. De sorte que é importante ter também o olhar daqueles que lidam com o comportamento humano, para que as pessoas recuperem o lugar da autoestima ou da heteroestima, dentro do Congresso Nacional", disse.

Segundo a senadora, este é o momento de fazer aflorar toda a indignação possível e de, ao mesmo tempo, botar à mesa os diversos segmentos do Senado, para que todos possam dar a sua contribuição.

"Obviamente, quando falo todos não estou dizendo que aqueles que estão passando por processos investigatórios, e que merecem ser punidos, devem vir, também, sentar-se à mesa. O que estou dizendo é que a Casa tem muito mais contribuição a ser dada e que, neste momento, ela está, digamos, silenciosa", fez questão de ressaltar Marina Silva, acrescentando que "chegou o momento de todos virem também em favor e em apoio àqueles que estão se esforçando de forma corajosa, colocando suas posições, se expondo e, inclusive, pagando o preço por essa exposição". Finalmente, a senadora destacou que sua sugestão deve se somar às iniciativas que já estão sendo tomadas na Casa, por diferente senadores, como Eduardo Suplicy (PT-SP), Arthur Virgilio (PSDB-AM) e Pedro Simon (PMDB-RS), que propõe o afastamento do senador José Sarney da presidência do Senado.


SE LIGA BRASIL AGORA MARINA SILVA É VERDE