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sábado, maio 30, 2009

DJ Marlboro acusado de molestar criança

Artista e sua namorada teriam abusado sexualmente de uma menina de apenas 4 anos

Ele ganhou fama nacional como um dos maiores precursores do funk no país. Entretanto, nesta semana a notoriedade que recai sobre Fernando Luiz Mattos da Matta, de 46 anos, ou DJ Marlboro como é mais conhecido, não tem qualquer ligação com o som originado nas favelas cariocas.

O DJ é réu em um processo de 2008 de crime de corrupção de menor e atentado violento ao pudor contra uma menina - na época com 4 anos. A vítima é filha de um empresário e uma dentista, moradores de Belo Horizonte. O advogado Alexandre Corrêa, representante dos pais da criança, informou ontem que a violência sexual ocorreu no último mês de agosto. Na ocasião a menina passava férias na casa da tia e madrinha Junia Duarte, de 28, no bairro Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. No período, conforme Corrêa, Júnia e o DJ estavam namorando. Conforme Corrêa, os pais da vítima em agosto do ano passado registraram queixa contra o DJ e a ex-namorada na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca). Na denúncia, o casal mineiro informou que a filha foi violentada várias vezes, nos dez dias de férias que ela ficou na casa da tia.

Convictos. "Os pais estão convictos de que a filha sofreu o abuso sexual. Eles têm uma boa situação financeiramente e não querem ganhos materiais com o processo. Meus clientes esperam que os culpados recebam punição judicial", disse Corrêa.

Em outubro de 2008 a Justiça determinou que o delegado da Depca responsável pelas investigações fizesse uma busca e apreensão nas casas de Marlboro e de Junia.

Ficou surpreendido
Em entrevista ao jornal "Extra", do Rio, o DJ Marlboro se defendeu. "Fui surpreendido, há dez meses, com uma invasão da polícia em minha casa para apreender meus computadores. Depois soube qual era a acusação, absurda e sem fundamento", diz ele. Marlboro conta ainda que, na ocasião, descobriu que seus telefones estavam grampeados. Segundo ele, o processo só se tornou público agora porque os pais estariam se sentindo fragilizados com os rumos da ação na Justiça. "Saiu o laudo das máquinas, saiu o laudo da menina, do Instituto Médico Legal, dizendo que ela está intacta, e a avaliação da psicóloga dizendo que, no vídeo em que ela aparece conversando com a mãe, está sendo induzida. Eles viram que, na Justiça, eu estava saindo do banco dos réus e eles entrando", afirma. Se dizendo vítima de uma "grande armação", Marlboro diz que pretende processar os autores das acusações: "Reparação por danos sempre tem que ter. Qualquer pessoa lesada dessa maneira tem que reagir."

Mãe quer Justiça
"Ela foi atendida num hospital público para vítimas de violência sexual em Minas Gerais. E contou para a legista, usando bonecos para simulação, o que o Fernando e a Junia fizeram com ela. Eles teriam encostado a mão, a boca e outras coisas", descreveu a mãe da criança. Ela disse ainda que a menina voltou estranha da viagem, mas que só contou sobre o que teria acontecido no Rio, dez dias depois. "Amarraram a boca, amarraram as mãos, tentaram sufocá-la", afirmou.

A mãe diz que quer justiça. "O que eu quero é que a pessoa que fez isso com ela seja punida pelo que fez, punida de forma exemplar. Uma coisa que faço questão de dizer é que eu não preciso de R$ 1 dele para nada. A minha condição financeira é boa e eu só quero a verdade, a justiça", afirma a mãe.

Publicado em: 29/05/2009


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